Posse responsável

Nossa relação com os animais de estimação começou há milhares de anos, quando nossos antepassados escolheram colocar esses companheiros em nosso dia a dia. De lá para cá, essa relação evoluiu bastante.

Felizmente, os pets estão cada vez mais presentes nas vidas e corações de seus tutores. Mas, apesar da convivência mais próxima com os animais, ainda é comum nos depararmos com muitas notícias sobre abandono e maus-tratos.

Por isso, é de extrema importância que, antes de adotar um novo amigo, as pessoas lembrem-se que #CuidarÉessencial e tenham plena consciência de suas responsabilidades e todos os possíveis ajustes em suas rotinas e em suas vidas.

Quando pensamos em adotar ou comprar um animalzinho, logo lembramos de toda alegria e amor que envolve ter um pet, mas muitos se esquecem de pensar em todos os cuidados e gastos que abrangem esta posse responsável. Diante disso, é importante que nada seja feito por impulso ou modismo, sem refletir e discutir (inclusive com os demais da casa) tudo o que está envolvido nessa futura convivência, para que não haja arrependimento ou sofrimento desnecessário.

Muito além de consciência, respeito e bom senso, a posse responsável hoje é uma questão legal e está regulamentada, isso quer dizer que maus-tratos e abandono são considerados crime.

Então, antes de ter um pet, existem algumas questões importantes que precisam ser avaliadas:

- Compra ou adoção: existem muitos animais esperando para serem adotados e darem todo seu amor e carinho aos novos donos. No entanto, algumas famílias têm particularidades a serem consideradas, como espaço, tamanho do pet e temperamento, que fazem com que elas optem pela compra de uma determinada raça para conseguirem atender suas necessidades. Isso também precisa ser muito bem avaliado, pois as raças também têm peculiaridades importantes, como ração adequada, banhos etc. Após uma avaliação criteriosa, independente da decisão de compra ou adoção, é muito importante que ela seja feita em ONG's/protetores ou canis de confiança.

- Espécie: outro ponto extremamente importante é conhecer as características das espécies para definir qual é a mais adequada ao seu perfil e de sua família. Cães geralmente são mais dependentes dos humanos e sentem muito quando ficam sozinhos. Se você tem uma rotina em que passa muito tempo fora de casa, pode ser que seu melhor amigo sofra com esta ausência. Já os gatos têm hábitos noturnos e não sofrem tanto com isso, pois passam grande parte do dia dormindo. Porém não é raro ver um gatinho filho único deprimido, eles também precisam da sua presença, cuidados e afeto. Então, pesquise, fale com veterinários e outros tutores para definir qual a melhor espécie para você e sua família.

- Fase de adaptação: você, sua família e sua casa precisam estar preparados para a fase de adaptação do novo pet, que pode demorar semanas ou até meses. Por isso, é importante que todos tenham paciência, cuidado e amor. Lembre-se também que filhotes são fofos, mas são muito agitados e precisam de atenção redobrada. Se não estiverem preparados para ter um “bebê” em casa, considerem ter um animal adulto com temperamento definido e mais calmo.

- Atenção e dedicação: ter um novo companheiro exige tempo, atenção e dedicação. Você terá que passear com ele, brincar, fazer carinho, além de cuidar dele e da limpeza do ambiente. Não se esqueça de que essa relação é para a vida toda e exige cuidados especiais em todas as fases, desde filhotes até a velhice. Quando você adota ou compra um bichinho, você assume o compromisso de ser seu guardião, cuidando e protegendo dele por todo este tempo. Animais não são descartáveis, eles são parte da família!

- Espaço: este item também precisa ser bem avaliado para que os animais tenham qualidade de vida e segurança. O local precisa ser confortável, estar limpo e protegido do calor, frio e chuva. Também é preciso que ele tenha espaço adequado para brincar e não fique confinado ou preso. Avalie o porte do animal, se o ambiente é adequado para recebê-lo e todas as adaptações necessárias que precisam ser feitas, como investir em ambientação, telas e portões de proteção (especialmente quando tem piscina), bloqueio do acesso à rua etc.

- Ausência: em caso de viagens a trabalho ou de férias, é importante considerar que tenha alguém de sua confiança que desempenhe todas as funções de um tutor durante essa ausência ou que o pet possa ficar hospedado em um local adequado durante este período.

- Financeiro: além de tudo que já foi citado, tenha em mente alguns gastos que envolvem a tutela de um pet:

• Vacinação adequada e em dia;
• Vermifugação, controle de pulgas, carrapatos e outros parasitas;
• Castração;
• Consultas regulares com um médico-veterinário de confiança, além de urgências/emergências;
• Medicamentos, quando houver necessidade;
• Adestramento;
• Transporte: caixas de transporte e coleiras apropriadas;
• Alimentação adequada à idade e particularidades (animais castrados, com problemas de saúde, sobrepeso etc.), e comedouros (que devem estar sempre limpos e com água fresca à vontade);
• Banhos e tosas;
• Camas e brinquedos;
• Imprevistos.

 

Viu como ter um animalzinho exige muita responsabilidade? É por isso que chamamos de posse responsável. Mas sabe de uma coisa? Mesmo com tanta responsabilidade, vale muito a pena!

Se você refletiu bastante e se sentiu pronto para seguir adiante, saiba que o amor desses companheiros é incondicional. O convívio com os pets ajuda na melhora do nosso humor, traz mais alegria e bem-estar, diminui o estresse e a depressão, além de ajudar na imunidade e na prevenção de outras doenças. É por isso que #FazBemCuidarDessaRelação que tanto nos enche de amor.

Então, pense com carinho e lembre-se: ter um animal de estimação é mais que uma alegria, é um privilégio.

 

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